segunda-feira, 17 de setembro de 2012

...E que seja eterno enquanto dure.



Hoje em mim você pode enxergar as picadas e não saber de onde elas vieram, mas eu sei de onde.
Elas vieram de provavelmente uma das melhores viagens da minha vida. A mais feliz, a viagem das primeiras vezes. A viagem que vi pela primeira vez o sol descansando no rio que maravilha pelo seu tamanho de mar. A viagem que transformou minha visão sobre a América Latina, que me mostrou vizinhos mais legais do que podemos imaginar.
Os dias valeram por anos e ainda deixaram aquela vontade de que durem mais. As sensações me transformaram, e creio que não só a mim como a muitos dos que foram para essa viagem.
O primeiro jogo de futebol que fui assistir ao vivo foi o inicio de um tempo que não se reprisará. De certo coisas iguais nunca acontecem, mas tenho medo que nada melhor aconteça.
Um tempo da minha vida com uma trilha sonora inesquecível, com certeza sempre que ouvir essas músicas vou lembrar-me desse tempo que passei conhecendo um mundo novo, mas que se parece muito com o mundo em que vivo.
Conheci um país com uma cultura e uma história incrível, pessoas amigas, atenciosas e muito curiosas.
Com certeza foi eterno enquanto durou. Foi absolutamente inesquecível.

Letícia Marinho

Primeiro dia pós-Uruguai




Parece que foi ontem que eu estava contando os dias para viajar. 15, 14, 13, 12... Passou em um piscar de olhos! E hoje foi o primeiro dia pós-Uruguai. Estou com a impressão de que tudo foi um sonho, maravilhoso. Ainda não me dei conta de que todos aqueles momentos incríveis foram reais.
Demorei horas desarrumando a mala. Cada vez que tirava alguma coisa para guardar, me perdia em lembranças, cantava as tão repetidas músicas, me pegava rindo sozinha dos incontáveis momentos felizes que vivi naquela terra inesquecível. O que eram aquelas paisagens estonteantes, a receptividade e o carinho das pessoas, as histórias que vivemos, os batuques? Sinto vontade de correr para o aeroporto e pegar o primeiro voo para Montevidéu.
Por outro lado, acho que se morasse lá, não teria sido tão especial. Chegar a um lugar novo, com gente diferente e pronta para trocar experiências foi o que fez a viagem dar tão certo. Todos nós saímos de lá mudados, unidos. Conseguimos entender o que a Vany dizia sobre América Latina. Mais do que nunca, eu tenho convicção de que faço parte dessa latinidade, que vai muito além de uma simples demarcação geográfica. Os uruguaios são tão parecidos com a gente! Mas, ao mesmo tempo, são muito diferentes, e têm milhares de coisas a nos ensinar, assim como nós a eles. Claro, já estou morrendo de saudades! Porém, é aquela saudade gostosa, que significa que foi bom, que cada segundo valeu muuuuuito a pena.
Agora, é só começar a contagem regressiva para receber nossos queridos amigos aqui no Brasil.


Vitória

domingo, 16 de setembro de 2012

Deixei a saudades pra depois...






Meu primeiro dia em São Paulo sem ver os amigos uruguayos.
Ainda não caiu minha ficha que tudo aquilo aconteceu, que conheci pessoas incríveis, lugares incríveis e que já voltei.
Na Rambla, meu Deus, o foi aquilo, aquele pôr- do- sol, com todos trocando conhecimentos, risadas e músicas!
Eles são tão simpáticos, divertidos, sempre querendo saber mais, tão alegres, animados.
Quando tocam músicas, tocam com muito alegria que contagia e acabamos todos no embalo da música, cantando junto.
Brincadeira que parecem bobas para gente, eles fazem questão de aprender, como 'soco soco bate bate soco soco vira vira', 'pararapatiparara'...
Tudo eles transformam em músicas, e fica tão melhor.
A música naquele momento fez nossa união.. neste momento estou ouvindo La vela puerca, uma banda que tem um significado enorme pra mim desde a viagem.
Ao preparar as malas eu estava animada porque sabia que seria legal, mas não imaginei que seria tão emocionante.. FOI ANIMAL viver tudo aquilo com todos.
Quase não consegui viajar porque a juíza não tinha me autorizado a ir, já estava triste, mas quando soube que outro juíz me autorizou, não sei dizer minha emoção.
Punta é lindo mas para mim não tem comparação com Montevideo. Só de lembrar de todos eu já começo a chorar.
As amizades que fiz lá foram mais verdadeira do que muitas que tenho aqui. 
Quando fomos visitar o Liceo...NOSSA! O colégio parou, eu quase não acreditei que aquilo estava acontecendo, todos vinham em cima da gente, conversando, perguntando, pedindo para eu ensinar eles a sambarem. Em um lado uma rodinha de meninas, do outro uma rodinha para música e em todos os lados pessoas cheias de curiosidades.Sempre nos chamando a jogar futebol, vôlei e lá vamos nós nos enturmar mais e mais.
Fomos a um show dos meninos da banda Salandrú (muito boa), eles dedicaram uma música para gente  (a melhor claro hahaha) chamada Ratón de Sillion.
Me ensinaram a 'batucar', tentei ensiná-los a sambar e assim fomos, trocando conhecimento até o ultimo minuto.
Agora a gente para e pensa CARACA, O QUE FOI TUDO AQUILO? QUERO VOLTAR NO TEMPO, QUERO REVIVER.
No terceiro dia, já me batia saudades de tudo e todos, chorei, a Vany me consolou e disse " viva intensamente cada minuto, depois quando a gente estiver em São Paulo a gente sente saudades" , então eu não preciso voltar no tempo para fazer coisas que deveria, mudar algo, nem nada disso, só desejo voltar no tempo para reviver, e se hoje eu choro não é de tristeza, é de saudades.
Nós temos o costume de quando fomos chamar alguém falamos "oooh vany" ou " oooh maria" Sei lá, e eles não.. me perguntaram como eu chamava a professora e eu disse "Vany" e falaram então porque o "ooh" no começo? hahahahahaha e acharam engraçado.
Enfim, as fotos e textos nunca vão conseguir 'traduzir' realmente o que foi vivenciar aquilo.
Foi INCRÍVEL gente!

Sophia Queiroz

Minha última noite





Uruguay,

Uma viagem que ficara marcada, não sei se a melhor, porém uma das melhores, com certeza absoluta.

Desde o começo, quando nossos futuros amigos foram nos buscar no aeroporto, com animação e músicas, ali, já percebíamos o começo de uma integração muito grande.

E a integração não era só com os Uruguayos. A viagem ajudou a juntar pessoas que antes não eram tão amigas, conhecê-las melhor, ver outro lado.

Claro, também teve os Uruguayos, Mateo, Pablo, Agus, Pedro, Fran, Joaquín, entre muitos outros que trouxeram e mostraram uma nova cultura e experiência, não só para nós como para eles.

E não só aprendemos como ensinamos, nossas músicas, nossa cultura. Fico feliz da impressão que passamos do Brasil.

A viagem não só mostrou o quanto somos perto de quem somos tão distantes. Mostrou também a beleza desse pequeno grande país. Desde o charme de Montevideo, a história e a vista de Colônia, por fim o sol de Punta, a praia, o rio, tudo junto.

Tudo isso fazia uma mistura de emoções. A alegria por ter feito muitas coisas e a tristeza por ter deixado de fazer outras, e de tudo aquilo estar acabando.

Como a Vany já dizia, a viagem não só responderia perguntas como surgiriam muitas outras. 

Não só mostraria muita coisa e daria a oportunidade de fazer tanta coisa, como traria a sensação de que muita coisa está faltando, para conhecer, para fazer.

Escrevo tarde da madrugada, no beliche, ao lado dos meus amigos, assim como começou.

Vou sentir falta. Hasta luego!


Matheus Bosco

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Não quero acreditar.



"Hoje já é o último dia, acredita?" A pergunta foi feita e refeita inúmeras vezes ao longo do dia e, em todas elas, senti meus olhos arderem e tive vontade de sair correndo para me esconder em algum lugar distante; não, eu não queria acreditar.
Sempre gostei de viajar. Sempre gostei de arrumar as malas para ir a algum lugar novo. Mas sempre detestei refazê-las para voltar ao meu ponto de partida. Dobrar aquela blusa significa lembrar-se daquele dia em que a usou para conhecer aquele lugar tão bonito. Ver aquele rasgado no joelho da sua calça é pensar novamente daquele tombo que fez alguns estranhos se aproximarem e virarem seus amigos. Preencher cada espaço vazio da mala quer dizer que há novos vazios dentro de você.
De repente, o último dia já se foi e é o tão temido dia da partida. Em meu ouvido, Cássia Eller canta que "estamos indo de volta pra casa". E eu ainda não quero acreditar.

Marcelinha Castro.

Nostalgia entre o Sol e as estrelas




Punta Del Este. Esse foi nosso último destino programado no penúltimo dia de viagem. A nostalgia já começou a dar seus primeiros sinais. Suspiros de "Ah, como eu queria ficar aqui para sempre...", " Vany, vamos perder o voo acidentalmente?" fizeram parte de todos os momentos.
Talvez eu não possa falar  por todos, mas, em relação à mim, eu tenho uma certeza: aquela menina que deixou São Paulo no dia 11/09 mudou completamente. Alguma coisa aqui no Uruguai , não me pergunte o que, pois só quem viveu tudo isso entenderá essa sensação, provoca uma reação de reflexão sobre nós mesmos. Provoca, também, uma vontade louca de abraçar o mundo, de aproveitar intensamente cada segundo, de capturar todos os detalhes com os olhos, com as máquinas fotográficas e, o mais importante de tudo: com os nossos corações.
Em Punta, o rio se encontra com o mar, formando uma paisagem lindíssima. Acho que essa é a ilustração de outra coisa muito marcante que está ocorrendo aqui: a junção de duas culturas, de dois costumes, que, misturados, constroem algo incrível de se admirar.
No final da tarde, fomos à cidade de Piriápolis assistir ao show de "nuestros nuevos amigos". Paramos o ônibus e recebemos um lindo presente da natureza uruguaia: um pôr-do-sol como eu nunca havia visto na vida. O mar engoliu o grande rei de fogo em poucos minutos. Minutos esses que foram suficientes para deixar maravilhados os olhares brasileiros. Acredito que esse momento tenha resumido o que essa viagem significou para nós.
Sob um céu coberto de estrelas, encerramos o dia com música boa, ótima companhia e a certeza de que tudo valeu à pena.


Vitória...

Meu Uruguay



Uruguay. Também pode significar um desafio de ótica. Olhado de longe, pode parecer monótono e desinteressante. Porém essa é somente a visão medíocre e ignorante. Quando entramos nessa obra conseguimos decifrar, ou se intrigar ainda mais com ela.
A primeiros olhares parece muito mais diferente do que imaginávamos. Começando pelo aeroporto. Pequeno, porém mais funcional e belo que todos os brasileiros. E, a partir deste ponto, as semelhanças e diferenças surgem aleatoriamente.
Já no caminho ao hostel, passando pelas principais vias de Montevideo, vemos ruas cheias de árvores, calçadas largas e limpas. Entretanto no momento em que nos aproximamos do destino, se tem a sensação de voltar a San Pablo, escalando montes de surpresas caninas. Só que a curiosidade cultivada pela ansiedade da viagem nos faz levantar a cabeça e ver o rio, ou será mar? Ruas paralelas e perpendiculares que nos lembram Nova Iorque. Onde passam ônibus brancos, sem catracas e mais saltitantes que os paulistanos. Aliás suprem muito bem a ausência de metrô. 
Dentro deles avançamos pela "18 de Julio", dia da declaração de independência, passando por pequenos prédios de arquitetura antiga. Todos coladinhos uns nos outros, mas repentinamente aparecem quebras verdes: as praças, espécie em extinção na capital paulista.
Descendo do ônibus nos dirigimos ao Liceo, escola que nos dá uma aula de como fazer educação pública e de qualidade. E é lá que encontramos nós mesmos, os jovens. Não existem jovens brasileiros e nem uruguaios, existem jovens. Fissurados por música, falando das "chicas", provocando os torcedores dos times adversários. A única diferença é a falta de desodorante e o excesso de música.
Outra semelhança muito marcante: o orgulho e a apreciação. Aqui eles se gabam de praças e serviços públicos, mas também falam invejosamente de nossas paisagens naturais e do tamanho brasileiro, o contrário do que dizemos.
Mas, como sempre, o futebol reflete tudo. A paixão irracional e a cobrança são idênticas, entretanto ver o estádio lotado e o apoio do torcedor nos faz pensar sobre a seleção canarinho.
Uruguay. Tão parecido e tão diferente ao mesmo tempo. Incrível.

Pedro Arakaki

Putz, já é o segundo dia de cinco!




Um bonito dia, de manhã fomos ao Liceo, conhecer um colégio público melhor que muitos particulares do Brasil.
No começo a vergonha predominava, mas aos poucos fomos nos soltando e começando a fazer amizades.
Eu, Tom, Kaki, Dani e Léo pegamos o violão e começamos a tocar algumas músicas, brasileiras. Eles tocavam uruguaias e nos acompanhavam nas brasileiras, muitas eles sabiam tocar. Aos poucos fomos nos conhecendo e mostrando a cultura de um para o outro. Pablo e Pedro foram nossos primeiros amigos, até fizemos uma música juntos.
Depois disso outro grupo chamou todos nós para jogar um futsal, perdemos por 5X3 mas tivemos a oportunidade de jogar com os uruguaios, que jogam diferente dos brasileiros, com muito mais pegada. Também conversamos muito com eles sobre futebol, principalmente com Matias, que nos contou sobre o futebol uruguaio.
Saindo de lá fomos a um restaurante, no centro de Montevideo, muito bom por sinal, e bonito.
Fomos andando e conhecendo a cidade, passando por bonitas ruas, praças e prédios. Chegamos então ao teatro Solís, o principal do Uruguay, lindo, maravilhoso! Saindo dele chegamos então a principal praça de Montevideo, onde está erguida a estátua de Artigas, principal herói uruguayo.
Fomos ao Hostel e logo saímos, fomos andar no Calçadão de Montevideo, encontramos os amigos que haviamos feito mais cedo, tocamos, conversamos e cantamos. Depois ainda jogamos mais duas partidas de fut, perdemos uma e ganhamos outra. Voltamos novamente a pé e fomos conversando.
Era o dia do meu quarto de cozinhar, por isso passamos no supermercado e compramos os ingredientes, rimos muito com o Dani fazendo compras! E não acabava por aí, fomos cozinhar e mais gargalhadas com o Zeca e o meu quarto, muito bom!
Voltamos então para o quarto ficamos conversando até cair no sono...


Boa noite!

Matheus Bosco

Alguns aspectos culturais



A utilização do espaço público é incrível, a musicalidade encantadora, a hospitalidade é magnifica.
É até um pouco engraçado porque a maioria das pessoas que conhecemos aqui tocam algum instrumento. Todos se esforçam para fazer você sentir-se confortável, no liceu isso ficou provado por "a+b", todos muito hospitaleiros e curiosos sobre o Brasil e as coisas de nosso país.
Outra coisa legal para se observar é que as pessoas daqui ocupam o espaço público, as praças estão sempre ocupadas por nativos tomando mate, chimarrão, lendo ou conversando. Desfrutando de seu passado e sua cultura, sem tentar apaga-la. 
Um detalhe que precisa ser colocado: ser você for a Colonia del Sacramento nessa época do ano traga repelente de insetos para você se locomover sem ser bombardeado de picadas e poder aproveitar a linda combinação da arquitetura espanhola e portuguesa do local.

Letícia Marinho

O que me espera?



Caminho calmamente por um calçadão, observando avidamente à paisagem; À minha direita o rio ruge calmamente, como se fosse uma fera adormecida. À minha esquerda, alguns carros passam ocasionalmente, sem nenhuma pressa. Acima de mim, o céu exibe o crepúsculo e algumas estrelas, preparando-se para dormir. É difícil acreditar que estou numa capital, mas estou. Estou tão longe de casa, mas sinto uma paz que não sabia que existia. Só sei que não sei o que me espera, mas tenho certeza que é algo bom...


Marcela

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Até os mosquitos devem ser lembrados





Acho que nem sei mais o que é expectativa. Antes de vir tinha muitas, mas seria inútil comparar com o que esta acontecendo.
Muitas vezes gostamos de imaginar e viver com essas fantasias e nem paramos para pensar que a realidade pode ser melhor e se superar nesse aspecto.
Estamos no nosso 3º dia aqui, no momento em um ônibus indo para Colonia Del Sacramento, cantando, dormindo, tirando fotos, ou escrevendo (no meu caso).
O 1º dia foi ótimo, almoçamos uma pizza cuja massa era sensacional. Voltamos ao hostel e nos preparamos para o jogo, apesar de não ter sido tao bom, só de estar ali já era possível aproveitar. ainda estou decidindo se a melhor parte foi comemorar o gol do Uruguai ou estar por dentro da "bandeira gigante", e essa é uma disputa mais arriscada que o próprio jogo.
Lavar a louça depois do jantar foi assim, podemos dizer... interessante, na verdade foi hilário. Nunca pensei que me divertiria vendo tanto desastre.
O 2º dia começou bem, fomos visitar o Liceu, o que foi ótimo para recolher informações para meu projeto de investigação. Conhecemos um pessoal muito simpático e até que eles nos entenderam, eu acho, ou melhor, espero.
Almoçamos no centro, compramos camisetas, alfajores e fomos conhecer o Teatro Solís. É lindo! Estamos até pensando em fazer a colação de grau aqui.
Com o dia chegando ao fim, fomos caminhar pela "rambla" na beira do Rio da Prata no pôr do sol, que chato né? Eu sei... O passeio foi muito legal, mas cansativo ao mesmo tempo, paramos em uma espécie de praça para descansar.
E nesses momentos é quase impossível não comparar as cidades. Quando em uma quarta-feira as sete da noite, teria uma praça cheia em São Paulo? E não estava nesse estado por conta do nosso grupo.
No hostel, depois do jantar iria até rolar um truco com a Vany, mas estávamos desprovidos de estrutura (baralho), então o jeito é comprar um hoje.
A Teresa acabou de dizer que faltam uns vinte minutos para chegarmos. Não sei o que esperar, e creio que isso é bom. É uma das várias coisas que estou aprendendo nessa viagem, como, por exemplo, o uso das palavras básicas como "Gracias" e "Permiso" ou o fato de tomar cuidado ao atravessar a rua com o Zeca, sempre esteja pronto para correr nessas horas.
De volta ao ônibus agora, tento organizar minhas informações - que são muitas - e evitar coçar as várias picadas que ganhei. Adorei conhecer Colonia, as casas de Colonia, o sorvete de Colonia, as pedras de Colonia, o farol de Colonia, as ruas de Colonia, tudo de Colonia! Tudo, menos os mosquitos de Colonia!
Mas estou reclamando para não perder o costume, hoje não fui quase  atropelada, já é um avanço! (brincadeira rsrsrs)
Descemos do ônibus e fomos até o "bairro velho" conhecer a muralha de pedras que servia como um forte antigamente, era demais, mas logo nossa atenção foi tomada pelo Rio da Prata, pois é, la estava ele de novo. Fotos foram tiradas, risadas foram dadas e logo as reclamações de fome começaram.
No restaurante experimentamos o "chivito", um sanduíche de carne, ovo e salada. Seguimos até o farol,que foi um dos pontos altos do dia e que pôs em prova aquela frase: "depois da tempestade, sempre tem o arco iris" , subimos mais de cem degraus verdes, para encontrar uma das paisagens mais lindas que já vi! Até enxergamos uns pontinhos de Buenos Aires! E sob o sol forte observamos tudo de cima, sentindo a brisa gelada, tirando fotos, ou só olhando.
Recebemos, cada um, um mapa e tivemos nossa tarde livre. Junto com a Luiza e a Vitória fui até a "Heladeria Arco iris", onde tomamos deliciosos sorvetes de massa, mas um mosquito decidiu dar um mergulho no meu...
Continuamos a caminhar, cheias de picadas, descemos até as pedras "beira-rio" onde tiramos algumas fotos, cantamos, ou simplesmente ouvimos a água. E era aquilo, aqueles 30 minutos que fiquei sentada nas pedras, desdobraram tantas emoções e pensamentos que nem sei o que escrever, foi ótimo, me senti ótima e, acho que por alguns segundos, até esqueci dos mosquitos.
Acho que não só esse 13/09/2012, como essa viagem, vão ser momentos que sempre lembrarei e pretendo seguir essa ideologia de viver os momentos para sempre me lembrar, até vou começar a comprar caça-palavras porque minha memória tem ainda que durar muuuuuuito! Até porque hoje é nosso dia de fazer o jantar...

Ana Luiza Sartoreli

Novas experiências...




E hoje o dia foi de novas amizades! Acordamos e fomos para o esperado Liceo (colégio), onde fomos muuuuito bem recebidos tanto pela coordenadora quanto pelos alunos! Tenho que dizer que os uruguaios são pessoas extremamente cativantes e melhor que isso, eles tem vontade de conhecer o que é novo!
No começo rolou muita timidez tanto da gente quanto deles, mas depois todos se soltaram e se envolveram de uma maneira muito legal! Teve de tudo, desde os meninos tocando musicas brasileiras e as meninas ensinando todos a sambar, até futebol entre os países... Depois que fomos embora demos uma volta pelo centro e conhecemos o teatro Solís, que é de uma beleza inexplicável! Por fim fomos andar pela rambla, que é como se fosse um calçadão, e ao lado estava o Rio de la Plata! Paramos um pouco para descansar e acabamos ficando por lá com uma galera do Liceo. Tocamos violão, cantamos... Foi muito bom e posso garantir que esta sendo uma experiência maravilhosa para todos nós!

Beijinhos

 Luisa Rezende

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

De joelho ardendo...



        Estou aqui a menos de dois dias e já me apaixonei por esse lugar.Ontem chegamos em Montevideo e fomos no jogo do Uruguai x Equador.O jogo em si nem foi bom,mas o sentimento de estar lá era muito mais forte.Depois de levantar e sentar várias vezes...finalmente o Uruguai fez o gol!!!
        O hostel é muito simples,temos que cozinhar e lavar a louça...o chuveiro é quente demais ou frio demais, o banheiro é coletivo e passam sombras do lado da minha cama,mas tem um piano!na verdade tem piano em todos os lugares aqui.
        Hoje acordamos, tomamos café e fomos no liceo, na boa, os uruguaios são os mais simpáticos e são muito musicais!!! Eu sou a pessoa mais tímida do mundo mas consegui falar com eles! Até futebol eu joguei! e ainda sai com o joelho rasgado...(minha mãe vai me matar).
        Fomos no centro histórico, lindo! Me apaixonei. Tinha uma loja perfeita com umas camisetas de bandas de rock, eu só não entrei porque a Vany não deixou :-( 
        Depois fomos andar na rambla, aquele pôr-do-sol... LINDO! Os uruguaios também foram, fizemos uma roda, tocamos violão, trocamos culturas, foi bom demais!
        Eu não sei descrever o que eu estou sentindo, é uma sensação boa, como se o destino tivesse planejado, e está sendo bom demais. Juro que eu tive um dejavu com um uruguaio.
        Depois que voltamos para o hostel, eles entraram, eu toquei para eles. Depois jantamos, o Dani e o Zeca mandaram bem na gororoba.
        Eu e a Saskia inventamos um novo jogo de futebol de botão. Eu ia até aprender a jogar truco, mas vai ficar apara amanhã.Já escrevi demais hoje, amanhã eu escrevo novamente, hasta la mañana.

Luiza Dantas

Árvores artistas



Um lugar que eu havia idealizado nos meus sonhos. Que exala a própria história. Os casarões europeus se confundem com as árvores artistas, que pintam os seus galhos na tela do céu. Céu esse que é um dos mais azuis que eu já vi na vida. ! Montevideo es maravillosa! 
Caminhando pela Rambla, dei de cara com o Rio da Prata. Rio? Parece até mar, uma imensidão azul que é iluminada por um sol que se põe preguiçosamente. Momentos assim dão sentido à nossas vidas. De coração apertado, a saudade me fez lembrar dos que ficaram, dos que estão esperando por mim em solo verde-amarelo. Mas, então, vi todos os outros: mis hermanos uruguayos. Sim, mis hermanos. Eu já me sinto parte de tudo isso. Não há como ser infeliz aqui. A demarcação demográfica e a barreira linguística se tornam obstáculos facilmente  transponíveis. Compartilhamos gostos, hábitos, problemas... E o mais importante de tudo: compartilhamos sonhos!

Vitória

Longo dia!


Que dia comprido!



Chegamos muito bem, uma ótima viagem!


Quando chegamos os uruguaios do projeto do ano passado (não sei os nomes) estavam nos esperando, foram no nosso ônibus, cantando músicas uruguaias e brasileiras, nós mostramos um pouco da nossa cultura e eles mostraram um pouco da deles. Eles tentaram tocar algumas músicas em português, porém eram músicas antigas, que ninguém sabia as letras. Apesar dessa mistura de culturas latino-americanas, o que todos cantaram junto foram música dos Beatles, Hey Jude, Something.

A cidade é linda, cheia de árvores, hoje secas, cercando as ruas... Porém, meio suja, eles não tem o nosso costume de pegar fezes de cachorro (pra dizer outra coisa)... Também é cheia de senhores, passeando pelas ruas.

Almoçamos em um restaurante, uma pizza maravilhosa, passou um Uruguayo e disse que o São Paulo é o melhor time do Brasil! Obviamente.

Depois fomos ao estádio Centenário, fui com a camisa do São Paulo e fiz vários amigos com isso. Comprei uma camisa da celeste e um cachecol e conversei com alguns uruguaios e uruguaias....


O jogo foi 1X1, suado, mas a torcida é maravilhosa, ficamos debaixo do bandeirão! A torcida é calorosa, canta e vibra, xinga. Ajudava ao time nos momentos que ninguém acreditava. Enfim, já gostava muito da Celeste Uruguaia, passei a amar, sempre torcerei por eles. Não posso deixar de falar de Diego Lugano, ídolo tricolor, um monstro dentro de campo.


Amanhã vamos ao Liceu, eu e o Tom vamos tocar, muita ansiedade.

Abraços,
Matheus

domingo, 29 de julho de 2012